Exposição "Encomenda Prodigiosa" considerada "excelente"

"A história de D.João V de Portugal e a sua encomenda artística em Roma (...) foi um diálogo em que política, diplomacia, arte e religião tiveram um papel. Isto, e o desejo do rei de fortalecer a sua posição no Vaticano e valorizar o seu estatuto e a magnificência da sua corte, foram o contexto histórico da excelente exposição excelente exposição erudita "A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de S. João Baptista", lê-se no texto, um artigo de duas páginas, assinado por Angela Delaforce, publicado na edição de dezembro da revista, facto que António Filipe Pimentel, diretor do MNAA e curadora da exposição assinala.

"A 'Burlington' é uma revista científica, só faz análises póstumas e ter saído na edição depois de ter encerrado a exposição é muito significativo", afirma, em declarações ao DN. "Há muito tempo que Portugal não era referido na Burlington"

"Satisfeito", o diretor considera importante que a exposição seja analisada pela revista, "para quem trabalho num museu que não não tem um euro", diz, referindo-se ao facto de o MNAA não trabalhar com um orçamento próprio. E acrescenta: "Espelha como um eficaz critério de gestão e planificação pode pôr as exposições no mundo e a marca Portugal".

O artigo descreve o contexto histórico da encomenda do rei, apelidado de magnânimo, a Roma -- centro mundial das artes à época -- e a relação com o Vaticano.

Dividida em dois pólos, no Museu Nacional de Arte Antiga e no Museu de S.Roque, a exposição levou ao Museu de Arte Antiga cerca de 65 mil visitantes.